domingo, 29 de agosto de 2010

Primeiro CD para discussão.

Iron Maiden - The Final Frontier


Aí rapazeada, esse blog foi criado para discutirmos a cena do Heavy Metal, mais especificamente os álbuns.
Vamos colocar aqui diversos títulos de todas as bandas do meio, para que cada integrante dê sua opinião.
Pra começar um blog novo, nada melhor que um cd novo "The Final Frontier".

Escutem o álbum e deixem aqui sua opinião. Um abraço.

-O Pentelho



2




O PENTELHO
Aproveitando o primeiro álbum, deixo aqui meu primeiro post sobre o que ouvi. O álbum é muito bom, é possível ouví-lo sem reclamar de nenhuma música, porém, você deve ouví-lo sem pensar que está ouvindo Iron Maiden. Se prestar atenção, o album lembra muito mais a carreira solo de Bruce Dickinson do que a personalidade do "donzela de ferro". 
É isso, bom álbum para deixar de fundo mas não para ouvir quando quiser ouvir Iron Maiden de verdade.


Phantom Lord
The Final Frontier serve para calar os mais tolos que afirmam que Iron Maiden é uma banda repetitiva ou redundante. As músicas estão diferentes dos demais álbuns, em geral mais longas, com introduções demoradas e o vocal do Bruce mais "limitado" em algumas delas. 
Minha opinião é que este álbum tem músicas boas (muitos trechos interessantes), mas como um todo é cansativo. 
O destaque do álbum ficou por conta de The Talisman, a menos que futuramente eu mude de ideia...
Nota 7,0.



The Magician
Sobre como explorar novos tipos de sonoridade com extrema qualidade. É o que mostra o Iron Maiden no seu 15º álbum de estúdio, definitivamente o menos convencional de todos já lançados.O “The Final Frontier” é de certa forma experimental e não corresponde ao estilo pragmático da banda inglesa, já que no decorrer de suas composições eles variam desde combinações de guitarras menos distorcidas até complexos riffs montados em três (ou quatro) linhas instrumentais diferentes.
Seria no mínimo inconveniente escutar as melodias sem tomar conhecimento do contexto das letras, onde neste trabalho o Iron Maiden encaixa perfeitamente a ambientação de suas faixas (vide a tensão expressada no refrão de “Mother of Mercy”).

O novo álbum é sobretudo muito bem trabalhado e carrega consigo virtuosismo nos instrumentos. O baixo pode ser reconhecido em diversas faixas sem as cavalgadas características de Harris, o que juntamente com algumas estruturas musicais nunca utilizadas pela banda em outros trabalhos, pode ser um ameaçador diferencial para velhos fãs “torcerem o nariz”.

Na primeira faixa a Donzela de Ferro introduz um som de viés razoavelmente comercial. A faixa que leva o nome do CD não extrapola na proposta já conhecida da banda. Repete a fórmula de refrão simples, repetitivo e “grudento”, como em “The Wicker Man” no “Brave New World”, além de estrutura clássica formada por 2 versos – bridge – refrão – solo - 2 versos – bridge – refrão. Seu diferencial está em uma pegada mais hard rock do que os conhecidos hits do sexteto.

Definitivamente o que tinha de comercial neste lançamento acaba ai.

El Dorado trás consigo uma entrada apoteótica e riffs poderosos que demonstram inspiração dos músicos na sincronização das linhas instrumentais. Entretanto os vocais de Bruce Dickison são o destaque da música, trabalhando em uma diferente postura rítmica da melodia, soa como se fosse um pouco “falado” (alguém lembrou de Megadeth?). A atuação do vocalista é incentivada pelo tema da música, completando uma construção musical de alto nível.

A terceira faixa apresenta “Mother of Mercy” como a composição mais consistente do CD. Sua melodia não oscila tanto como as outras faixas, ao invés disso um clima de suspense se forma até o ápice – o refrão – onde novamente as linhas vocais se destacam. Magnífico.

A quarta composição culmina no melhor momento do álbum. Em “Coming Home”, a banda propõe uma pseudo balada, Bruce Dickson novamente impressiona. As guitarras evoluem entre harmônicos e arpejos que (pasmem) não caem na mesmice que o estilo de som costuma proporcionar. Lembra as melhores musicas em carreira solo do cantor, como “Omega” e “Jerusalém”.

De volta ao mundo Iron Maiden escutamos “The Alchemist”, aqui sim a dosagem comum de energia e cadencia herdada de bagagens anteriores do grupo.

E o álbum da outra volta, da faixa 6 a 10 estarão ouvindo um novo Iron Maiden. Como episódios de uma mesma saga, “Isle of Avalon” (destaque), “Starblind” e “The Talisman” surpreendem-nos ao apresentar características de um sombrio rock progressivo. As musicas a partir deste ponto possuem mais de sete minutos, e carecem de uma paciência não comumente encontrada nos fãs dos ingleses. As construções harmônicas são complexas e por vezes temos a impressão de ouvir a guitarra de Alex Lifeson (Rush).

Com a mesma receita de “Alexander the Great” as duas últimas faixas remetem ao épico com narrativas que tratam personagens específicos e mudanças repentinas nas suas melodias.

O Iron Maiden enfim extrai o potencial de três guitarristas e lança um álbum muito mais maduro, de uma banda mais madura que talvez não tenha fãs tão maduros assim.



The Trooper
3Eu esperava que o álbum fosse diferente do último, o qual achei maçante, e ultimamente podemos esperar algo dos nossos deuses do metal. Com certeza dá pra saber que é Iron Maiden, mas está diferente, mais completo e com certas mudanças que podem não agradar os mais conservadores. As músicas variam bastante e o álbum não passa aquela idéia de "todas músicas em um mesmo padrão" que alguns álbuns passam (não que isso impeça um álbum de ser bom), há uma diferença maior entre as 6 primeiras faixas e as outras, eu diria que é um álbum em que metade das músicas lembram "The Rime of The Ancient Mariner", música essa que muito me agrada, mas que talvez torne um álbum cansativo se ocupa metade deste. O ritmo realmente acompanha as letras, e o velho Bruce surpreende como sempre. Não gostei de alguns trechos do vocal, cadenciados em um ritmo pausado, mas no geral o álbum é muito bom. Up the Irons!


Venâncio
Satellite 15 blablabla - A primeira musica tem um começo não muito agradável e depois de muito tempo se torna algo até viciante, mas nada inovador.

Mother of Mercy - bom que tu num esquece o nome da musica. bom solo.

Coming Home - cara, simplesmente muda pra essa e eu nem percebi...

Eldorado - Bruce meio que retorna a sua carreira solo, com mais falatório...

The Alchemist - meia boca, sem sal...

Isle of Avalon - boooorinnnnng!

Starblind - ...

The Talisman - depois de um breve torpor, essa me acordou...boa e fica melhor ainda próximo do fim.

The Man Who Would Be King - o começo lembra “Out of the Silent Planet”, bateria legal e lembra mais Maiden que as outras.

When the Wild Wind Blows – bem gosto desse tipo de musica que tem como direi... altos e baixos alternados... ela começa com uma “pegada macia” e passa para uma mais dura e depois cai novamente... curti.

Num geral o álbum mais parece uma continuidade da carreira solo do Bruce do que Maiden, nada de excepcional nada de ruim também. Merece 5 Pitus. Talvez 6 se eu tomar a primeira.



Metal Merchant
Eu queria ter gostado desse álbum, queria mesmo, mas tem algo de errado com ele, até agora não consegui encontrar o que está errado, só sei que existe algo errado... Da mesma forma que os álbuns anteriores (“A matter of life and Death” e “Dance of Death”) esse CD falhou em me impressionar.Não me leve a mau, não é que eu não gostei do CD, até gostei um pouco. Só um pouco...

A sensação que tenho ao ouvir esse CD é a de que já ouvi isso em algum lugar, seja em algum CD da carreira solo do Bruce, seja em algum CD anterior do Maiden, onde o resultado final foi um CD completamente esquecível. Sem sal, sem graça, “meh”, esquecível, desinspirado, fraco, são provavelmente as palavras que descrevem esse CD pra mim.

...Talvez eu não seja tão maduro quanto necessário



Julião
Minha primeira impressão desse CD foi fraca. Já tinha ouvido uma vez sem prestar atenção aí resolvi colocar no carro enquanto viajava. As músicas não empolgavam e não acabavam, mas me forcei a continuar ouvindo. Eu já desconfiava do que ia acontecer e isso veio a se concretizar: tirei o CD e comecei a ouvir algo melhor.
Voltando pra casa resolvi ouvir mais vezes ele. Se até pagode fica na cabeça se ouvir muito, pq Iron não ficaria né?
Ouvi incansavelmente esse CD enquanto trabalhava e comecei a gostar mais dele. Hoje já posso dar uma opinião mais exata do que achei do cd, mesmo que isso tenha sido ocasionado por ouvir o CD até a exaustão.
Primeiro: Não espere uma música empolgante que vá te empolgar como os grandes clássicos do Iron. 
Segundo: Se for ouvir com calma e prestando atenção, esteja próximo ao controle para poder passar as músicas quando começar a enrolação.
Partindo desses 2 pressupostos, você estará em boa companhia ao ouvir esse CD.
No geral as músicas são boas, mas sem dúvidas o ponto mais alto é "Coming Home".
Uma outra música boa e que vale uma observação é "The Man who Would be King". O refrão dela tem praticamente a mesma letra da música "king" do Manowar. Acho que a comparação dos títulos das músicas resume bem a comparação das duas músicas. Embora a "The Man who Would be King" seja boa, ela não é nada espetacular ou seja: Um quer ser rei e o outro é.



Treebeard
Here we go... Este, sem duvidas, é um CD Resposta do Iron Maiden para todos aqueles fãs que dizem que o Maiden só faz CDs parecidos. The Final Frontier está longe de lembrar qualquer coisa já criada pelo Iron Maiden, talvez seja por isso obteve um grande impacto no primeiro momento em que os fãs mais clássicos da banda escutaram esta nova obra da banda britânica.
Confesso que no primeiro momento achei um saco, mas este CD parece que vai ficando melhor a medida que você o escuta mais e mais.
A primeira faixa " Satellite 15...The Final Frontier..." é uma viagem que eu jamais esperava escutar do Iron Maiden. Ela te dá um clima doido, parece que você está mesmo no espaço junto com aquele Eddie Astronauta. Logo em seguida ela já ganha um formato mais Hard Rock e vem com aquele refrão chiclete de ouvido que fica na cabeça por horas.
" El Dorado " também me pareceu ruim no primeiro momento, mas depois acabei pegando gosto e também se tornou uma faixa que fica martelando na cabeça.
" Mother of Mercy " não me afetou muito, porém quando entra " Coming Home " na sequência, aí sim mexeu bastante comigo, pois foi uma música que mesmo escutando pela primeira vez ela já tomou conta da minha cabeça e eu sai cantarolando o refrão por ai... sem falar que ela embalou a última edição do Churras Pinda.
" The Alchemist " e as demais com exceção da " The Man who Would be King " e " When the wild wind blows " foram músicas que não me apeteceram tanto... Talvez eu precise escutar mais um bocado de vezes para poder pegar algum gostinho por elas. Já as duas ultimas, foram um tanto marcantes. A penúltima faixa lembra muito um Iron Maiden que existiu antes do Final Frontier e a última lembrou muito a música Dance of Death, pois é toda dançantezinha, com cantoria que acompanha o solinho da guitarra.
Concluindo, acho que este CD merece crédito sim! Mas não sei se é uma boa pedida para se escutar ao vivo, já que as musicas não te fazem sentir vontade de sair cotovelando a tudo e abrindo uma roda. Algumas faixas me pareceram um pouco Bruce Dickinson na carreira solo, porém contudo, acho que Final Frontier pode sim entrar na galeria de classicos do Iron Maiden, mesmo sendo uma grande novidade, o CD esbanja muita técnica, consistencia e maturidade.

Joe The Barbarian

Bem vamos lá, Iron Maiden com certeza inspirou muita gente a pegar uma guitarra, botar um efeito de distorção e tocar os riffs cativantes que deram consistência ao heavy metal. Olhando a discografia do Iron, não tem como não mencionar que a banda contribuiu com o que eu considero algumas das mais valorosas MASTERPIECES do metal e por isso, fico imaginando se esses trabalhos mais atuais fariam jus ao passado da banda. Confesso que desde Fear of the Dark não tenho acompanhado assiduamente a trajetória do Iron, mas nem por isso deixei de conhecer, ainda que superficialmente, os lançamentos da banda. 
Falar de grandes bandas como Iron ou Metallica renderiam (assim como renderam) filmes e documentários musicais do gênero. Então vou passar a focar mais no álbum em questão. O Iron Maiden não entra para perder, ou seja, não inventa coisas novas ou fora de sua característica principal, que é o que mantém a legião de fãs fiéis ao trabalho e esse disco mostra isso, som característico do Iron, vocal inconfundível e presente de Bruce, com certeza um dos maiores nomes do Heavy Metal, seguidos do grande homem por trás da banda Steve Harris, com sua linha de baixo presente puxando o ritmo e ditando as pausas. As guitarras, bom aqui eu gostaria de fazer um parênteses: embora muitos sejam fanáticos pelas composições antigas, olhando de perto esse trabalho novo, não consegui vislumbrar nenhuma inovação no som característico da banda, não que isso fosse ruim, mas não vi nada novo e nem sei se qualquer pessoa que compre um disco do Iron busque por algo diferente daquilo que foi feito, mas enfim, na minha opinião quem anda segurando a bronca das guitarras é Janick Gers, composições nos solos ainda trazem um freaseado interessante, já Murray, confesso que esperava mais dele, acho que o CD reflete o que tenho visto em algumas performances ao vivo, o homem está perdendo o jeito! Talvez seja impressão, entretando é fato que de uns tempos pra cá não tenho visto algo como os solos cantados de Fear Of The Dark, Wasting Love, Afraid to Shoot Strangers, Flight of Icarus e etc... O que dizer de Adrian Smith? Musicalmente talvez seja excelente, mas sempre foi carregado por Murray em termos de performance e nesse álbum pude identificar isso também. É difícil ouvir essas bandas e esperar que lancem algo tão bom quanto os épicos do seu histórico, então o sentimento de frustração toma lugar, mesmo gostando das novas composições... é como assistir um filme medieval qualquer, depois da trilogia Lord Of The Rings, por mais que seja bom, dificilmente terá o mesmo encanto. Talvez seja hora de parar? Ou pelo menos fazer shows apenas com as antigas. Destaco as músicas Eldorado e The Talisman, como as melhores do álbum. A banda é nota 10. Esse disco é NOTA: 7,5

Kill, Crush n' Destroy...


Pirikitus Infernalis




Um disco estranho e muito intrigante. Tenho esse disco no meu acervo faz certo tempo já, provavelmente desde o dia em que o mesmo se encontrava disponível. 

Com boa vontade ouvi o cd umas 3 vezes para nunca mais... Há tempos não ouvia algo tão boring, mas como membro do blog ouvi novamente apenas para arrebentar com esse cd. O que acontece é que o Final Frontier possui a mesma fórmula que os seus antecessores em muitas músicas, o que fazem todas ficarem parecidas... O problema é que esse estilo “maiden” de fazer música não é ruim, só que a sensação de repetição nem sempre agrada.

No começo nenhuma novidade, Satellite 15...The Final Frontier realmente é uma música bem chata, porém ao ouvir novamente El Dorado, Mother of Mercy e Coming Home. As 2 últimas citadas nos remetem ao Iron Maiden conhecido pelos últimos CDs, com músicas muito parecidas, porém inexplicavelmente nenhuma delas pode ser considerada ruim. Neste momento o cd dá uma perdida na empolgação com a não tão boa The Alchemist. Voltamos ao som do Maiden recente na música Isle of Avalon, uma música muito boa. Starblind parece que passa despercebida, para a chegada de The Talisman, uma música empolgante com um refrãozinho muito legal! The Man Who Would Be King é uma viagem consideravelmente interessante e para terminar temos a um tanto quanto empolgante When the Wild Wind Blows.

Para finalizar, The Final Frontier não é necessariamente um cd ruim, longe disso. Temos uma quantia considerável de músicas boas e empolgantes. O único problema, em minha modesta opinião, é que conforme as músicas irão passando, com elas aparecem esporádicas impressões que eu já ouvi esse cd. Mesmo assim eu arrisco dizer que é o melhor cd do Iron Maiden desde o Brave New World.

2 comentários:

  1. Cara, o solo de "Isle of Avalon" é absolutamente diferente de tudo que o Iron já fez, se não na pauta, pelo menos na distorção reverberada!!!
    A segunda parte do solo de "Coming Home" é um dos melhores solos que ouvi em minha vida! - by Adriam Smith

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  2. Idêntico aos anteriores não pode ser, tanto que tem nego falando que parece carreira solo do Bruce (o que eu discordo inteiramente, no máximo UMA música lembra Bruce solo).

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